quinta-feira, 23 de abril de 2015

Virtual XI: Polêmico!

Após o The X-Factor, o Iron Maiden lançou em 1998 Virtual XI, o segundo e último cd com Blaze nos vocais. O CD, hoje em dia, é considerado por muitos fãs como o pior ou um dos mais fracos (a depender do ponto de vista) materiais que a donzela de ferro já lançou. 
Muitos culpam Blaze, dizendo que ele estava afundando a banda e o culpam pela sonoridade, direcionamento e composição do material, esquecendo que quem manda na banda é Steve Harris. 

Com o passar do tempo, o The X-Factor foi sendo reavaliado, ganhou status de cult para muitos fãs, não só do Maiden mas de Metal em geral, enquanto o Virtual continua sendo o patinho feio da discografia. Embora tenha muitos admirados e defensores, realmente o CD carece de "algo mais", seja brilho, composições com melhor estrutura e carece de inspiração. Realmente, as composições, principalmente as que levam a assinatura de Harris, mostram o inicio dos intermináveis refrões (como na insuportável "The Angel and the Gambler"), coisa que se tornou rotineiro no Maiden, mesmo com a volta de Bruce. 

Na época, as críticas foram bem divididas, e abaixo temos dois exemplos: a primeira foi publicada no Jornal Atarde (Ba) e a próxima na revista Rock Brigade. 

Com qual você concorda?

Jornal A Tarde - Cad3 24-05-1998

Rock Brigade 1998




Segue abaixo mais algumas resenhas, retiradas de alguns sites:



Iniciar uma matéria sobre o IRON MAIDEN falando de sua importância e qualidades é chover no molhado. Já, falar de seus problemas e momentos conturbados é garantia de polêmica. Talvez por isso mesmo alguns episódios por muitas vezes sejam deixados de lado e, consequentemente, mal analisados. Quando se trata então (e isso não vale apenas para o Maiden) de algum trabalho mal aceito, a certeza é de que muitas coisas não fiquem claras. Praticamente todas as bandas têm aquele trabalho "ruim", detonados diante da má aceitação do público e da crítica especializada. Mas, será que sempre é justo esse tipo de condenação? Pegando um exemplo do próprio Maiden, temos o álbum de estreia de Blaze Bayley nos vocais da banda, The X Factor. Em seu lançamento, fez com que os fãs torcessem o nariz e recebeu inúmeros ataques da mídia especializada. Porém, quase 20 anos após o seu lançamento, é admirado por muitos fãs e ganha ares de "cult".

Nota: 8

É fazendo essa breve comparação que inicio a análise de Virtual XI, que sem dúvidas é o álbum mais criticado da banda. Não irei ficar escrevendo sobre os problemas que a banda passava na época pois seria apenas remoer o que está disponível em diversos sites. Agora, se buscarmos críticas sobre o álbum de fato, veremos que muitas focam mais nos problemas internos que o grupo passava para justificar a análise, o que, a meu ver, acaba prejudicando a própria musicalidade desse trabalho. Aliás, se hoje fizermos uma comparação da "Era Bayley" com o Maiden pós-Brave New World, podemos perceber que a sonoridade da banda se manteve numa mesma linha, com cada vez mais composições longas e elementos progressivos.



Pois bem, ao contrário do antecessor, Virtual XI começa com uma faixa bem rápida, Futureal. A performance de Bayley é excelente e faz lembrar um pouco Man on the Edge. Murray e Gers mandam ótimos riffs e devido aos seus 2:55 dá vontade de dar "repeat" nesta canção. Porém, fica evidente um dos problemas de Virtual XI: essa excelente faixa destoará de todo o restante do álbum. Não se tratando de qualidade, mas sim da própria estrutura do trabalho. A segunda faixa, The Angel and The Gambler, remete ao clima mais soturno das canções do álbum antecessor. Com quase 10 minutos, a canção é um pouco quebrada e traz momentos mais introspectivos. O refrão é bom, mas repetido de forma extremamente exaustiva. A sensação que dá é de que as coisas poderiam funcionar se a faixa fosse menor, o que pode ser comprovado com a versão do single, com pouco mais de 3 minutos. Lightning Strikes Twice é mais direta. Inicia com um solo de guitarra e desbanca para as boas passagens velozes do Maiden. Uma canção que se assemelha bastante a momentos do Fear of the Dark. E sim, essa canção é mais um exemplar de que o som da banda e o vocal de Blaze poderiam fluir de forma bastante satisfatória.


O álbum segue com mais uma canção excelente, e que está ao lado dos clássicos da banda para muitos fãs, The Clansman. Outra faixa épica, com 9 minutos, seu maior mérito é a sua emocionante estrutura, com um breve começo introspectivo e uma sonoridade crescente, com o baixo galopante de Steve Harris provando porque ele é um dos baixistas mais admirados do heavy metal. Em seguida, temos When Two Worlds Collide, onde mais uma vez as linhas de baixo ficam bem presentes. Mais uma vez, temos o início lento e em seguida riffs guiados pelo evidente baixo. Há também uma boa presença dos teclados nessa faixa. Mas o que antes era apenas um pequeno detalhe se torna um dos principais problemas do álbum: a extensão das canções. When Two Worlds Collide é uma boa faixa com bom refrão, mas sua repetição incomoda, assim como em The Angel and The Gambler. The Educated Fool segue na mesma linha, mas sem a inspiração das duas anteriores. Realmente, uma faixa maçante.

Don't Look to the Eyes of a Stranger é a mais incomum do álbum. Inicia com coesas linhas de guitarra acompanhadas de orquestrações e segue com bons vocais de Bayley. E, mais uma vez, fica bastante notável como a sua longa duração prejudica o resultado final. Encerrando o álbum temos a semi-balada Como Estais Amigos, na qual os vocais de Bayley se encaixam muito bem à atmosfera da canção. Pena que devido aos erros das três faixas anteriores a empolgação até esse desfecho não seja das maiores.

Pois bem, depois de uma audição de Virtual XI fica claramente perceptível um erro principal: a duração do álbum. São pouco mais de 53 minutos, o que não é nada tão absurdo para o heavy metal. O problema é que este espaço é preenchido por apenas 8 canções. Assim como The Angel fica mais aceitável em sua versão single por ter seus exageros corrigidos pelos cortes na música, possivelmente três ou quatro canções daqui poderiam melhorar bastante desta forma. Mas dizer que este é um trabalho péssimo é uma injustiça. Obviamente era um "Iron Maiden diferente". Mas, por acaso há uma semelhança tão absurda assim entre os outros álbuns? Por acaso Somewhere in Time é um trabalho que se encaixa perfeitamente ao que a banda fez em The Number of The Beast e Powerslave? E o que dizer então de trabalhos como A Matter of Life and Death (que, na minha opinião, possuí mais exageros do que este álbum que analisei), cujas repetições são mais exaustivas?



De fato há elementos que pesam nessas comparações. Óbvio que Bayley não é um vocalista tão espetacular e com tanto talento quanto Bruce Dickinson, mas isso não o torna um mau cantor (muito longe disso, e sua carreira solo está aí para provar isto). Também é compreensível que o clima da banda e dos próprios indivíduos influenciou o processo de composição de um trabalho bem mais soturno e distante de épocas mais vívidas e radiantes. Mas definitivamente um trabalho que possuí tantos momentos interessantes e até mesmo canções que permaneceram sendo executadas pela banda após a saída de Bayley não pode ser considerado um "péssimo álbum". Porém, sabemos como o nome Iron Maiden pesa. E, apesar de saber o quanto isso é clichê, vale aquela comparação nesse caso: se este álbum tivesse sido lançado por uma outra banda, ele teria sido considerado melhor...


Por Jorge Almeida

O décimo primeiro registro de estúdio do Iron Maiden completa, hoje – 23 de março de 2013 -, exatos 15 anos de seu lançamento. Trata-se de “Virtual XI”, o segundo (e último) trabalho de Blaze Bayley à frente do grupo britânico.

Gravado entre o segundo semestre de 1997 e fevereiro de 1998 no Barnyard Studios, Essex, Inglaterra, o álbum foi produzido pela dupla Steve Harris e Nigel Green. Contudo, apesar das expectativas, “Virtual XI” ocupou “apenas” a 16ª posição nas paradas inglesas (a pior colocação de registros da banda desde “Killers”, de 1981).



O título do álbum veio de dois eventos fora da música: o lançamento do jogo de PC da banda: “Ed Hunter”, que ocorreu em 1999 (que, além do jogo, trazia dois CD’s com os maiores clássicos da Donzela, segundo os fãs), e o grande evento futebolístico daquele ano, a Copa do Mundo de 1998, na França, que acontecera em junho, que foi lembrada na capa com a ilustração de jogadores de futebol em uma partida (há quem diga que é Brasil x Inglaterra). A arte ficou por conta de Melvyn Grant.

Apesar das estratégias de marketing do grupo para promover o álbum, como partidas de futebol entre os integrantes durante a turnê, além de contar com astros do futebol mundial da época na foto do encarte, tais como: Paul Gascoigne, Patrick Viera, Faustino Asprilla, Marc Overmars, entre outros, a aceitação do disco e, consequentemente, a turnê foram um fiasco.

A “Virtual XI World Tour” trouxe problemas para o Maiden, assim como na anterior, que promovia o álbum “The X Factor”. Houve diversos shows cancelados nos Estados Unidos, Blaze Bayley apresentava problemas de saúde em função da alergia que sentia de alguns itens utilizados nos cenários das apresentações. Além disso, os constantes “deslizes” dos vocais de Bayley em concertos também contribuíram para isso. O Iron Maiden não vivia um bom momento, pois, além da baixa aceitação do álbum por parte dos fãs, os integrantes passavam por momentos conturbados em suas vidas, como Steve Harris, que passava por um divórcio. E, como se não bastasse, a relação entre os componentes da banda não eram das melhores (na verdade era tipo Blaze Bayley x os outros, com Steve Harris como “apagador de incêndio”). Tudo isso culminou com a saída do sucessor (e antecessor, por que não?) de Bruce Dickinson. E, assim, em fevereiro de 1999, como todo mundo sabe, foi anunciada a volta de Dickinson e Adrian Smith à banda, para alegria dos ‘maidenmaníacos’.

Vale destacar que algumas partes de teclado do álbum foram realizadas pelo baixista Steve Harris. Antes disso, o grupo contava com os serviços do músico contratado Michael Kenney (que continua trabalhando para a banda até hoje).

Bom, “Virtual XI” abre com a rápida e certeira “Futureal”. Aqui, Janick Gers e Dave Murray acertaram em cheio nos riffs (o solo é assinado por Dave). A voz de Bayley está muito bem trabalhada na música. O “porém”, se é que podemos dizer isso, é a sua curta duração: 2’55”, o que faz dela uma das canções mais curtas da Donzela.

Depois disso, aparece “The Angel And The Gambler”, com seus quase dez minutos épicos. O refrão é bom, contudo, repetitivo demais para o meu gosto: 22 vezes (o equivalente a metade de vezes do poema de “O Cão Arrependido”, do Chaves, que é, segundo o personagem de Roberto Gómez Bolaños, repetido 44 vezes). A versão single (que é editada e sem tanta repetição do refrão) seria ideal.



Já o caso de “Ligthning Strikes Twice”, que começa com um solo de guitarra, lembra alguns momentos de “Fear Of The Dark” (o álbum) e é uma das melhores músicas do álbum, pois se encaixa perfeitamente com os vocais de Blaze.

A metade de “Virtual XI” chega com a épica “The Clansman”, com seus nove minutos de pura arte. O seu grande trunfo é a sua estrutura bem elaborada: começando de forma suave e ganhando “forma” nos minutos seguintes. Destaque para o baixo galopante de “Stevão”. E que os “maidenmaníacos” que me desculpem: mas, particularmente, considero esse tema um dos meus “top 3” no que se refere músicas do Iron Maiden (os outros dois são “Phantom Of The Opera”, de “Iron Maiden” e “Hallowed Be Thy Name”, de “The Number Of The Beast”).


As três faixas seguintes – “When Two Worlds Collide”, “The Educated Fool” e “Don’t Look To The Eyes Of A Stranger” – são um pouco de “mais do mesmo”, ou seja, começa devagarzinho, têm bons refrões, mas que são repetidos à exaustão, o que as deixam com ar de cansativas. Aliás, desde “The X Factor” até hoje, Steve Harris e cia. têm feitos inúmeras canções com essa mesma estrutura. A diferença entre os temas cantarolados por Bayley com os de Bruce Dickinson só está na mudança de vocalistas. Pelo menos essa é a minha percepção.

E, para encerrar, a “quase” balada “Como Estais Amigos”, que faz um tributo aos soldados dos dois lados (ingleses e argentinos) na Guerra das Malvinas, que ocorreu em 1982, quando a Argentina e o Reino Unido realizaram um conflito armado para obter a soberania das ilhas situadas no Oceano Atlântico, próximo da costa argentina. Os britânicos venceram a batalha e mantiveram a posse das ilhas.

Apesar de ser contestado por boa parte da crítica e público, “Virtual XI” apresenta algumas canções que já integram o rol de clássicos do Iron Maiden: “Futureal” (que foi a quinta canção mais votada pelos fãs para montar o track de “Ed Hunter”) e “The Clansman” que, após a volta de Bruce, fizeram parte dos setlists do Maiden. Porém, a primeira só foi apresentada ao vivo em 1999, enquanto a segunda permaneceu no setlist até 2003. Aliás, as versões ‘live’ das duas músicas com Bruce Dickinson nos vocais podem ser encontradas nos seguintes registros: o single de “The Wicker Man” (2000), no caso de “Futureal”. Já “The Clansman” aparece no “Rock In Rio” (2001) e na coletânea “From Here To Eternity” (2011). Além disso, “Futureal” e “When Two Worlds Collide” foram registradas por Bayley no álbum ao vivo de sua banda (Blaze): “As Live As It Gets” (2003),


A discografia básica dessa semana vai falar do álbum Virtual XI do Iron Maiden, álbum esse que foi lançado em março de 1998. É o segundo trabalho com o vocalista Blaze Bayley.
Algumas curiosidades que envolveram esse álbum, a turnê Virtual Eleven World Tour foi problemática, assim como a anterior, The X Factor, com diversos shows cancelados nos EUA, novamente devido a problemas de saúde de Blaze Bayley ocasionados pela sua reação alérgica a alguns elementos dos cenários usados nos shows. Os fãs torceram o nariz para o album, a baixa aceitação culminou na despedida do vocalista Blaze Bayley, e a volta de Bruce Dickinson, embora este periodo de crise na história do Iron Maiden fora longe de ser culpa apenas da incompatibilidade de Blaze. Outros integrantes passavam por momentos conturbados de suas vidas, como o divórcio de Steve Harris.

Mas vamos ao album, Steve Harris é o melhor baixista do mundo, Nicko McBrain tem muita técnica e precisão, a dupla Janick Gers e Dave Murray formam um grande dueto e o tão falado Blaze Bayley estava bem melhor que no álbum anterior, isso era tendência, o cara iria melhorar com certeza, e substituir Bruce Dickinson, não é fácil, as comparações sempre existirão.
Tudo começa com “Futureal”, uma musica curta, com muita velocidade, que logo se tornou um grande sucesso da banda. “The Angel and The Gambler” é a próxima, com quase 10 minutos, com muitos riffs, uma viagem. Outro destaque é “The Clansman”, outra longa, longos instrumentais, “assim como na musica “Don’t Look to the Eyes of a Stranger”, com mais de 8 minutos. Temos refrões marcantes e poderosos em  "Lightning Strikes Twice" "When Two Worlds Collide" e "The Educated Fool" . E o álbum fecha com uma homenagem aos fãs de origem latina, com a musica "Como Estais Amigos" , bem legal, uma bonita homenagem. O álbum serviu para Blaze provar o seu grande potencial. Uma vez li em uma revista, que dizia que substituir Bruce Dickinson e Paul DiAnno não é apenas um desafio, é uma guerra!
E mais uma coisa legal, é que o álbum reúne algumas das paixões da banda, como futebol, metal e computadores. É só olhar um detalhe legal da capa, reparem que o jogo de futebol que aparece num canto da capa é entre Brasil x Inglaterra. Muito bom!


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